
Wilfred James vai nos contar como o ano de 1922 se desenrolou para ele, sua esposa Arlette e seu filho Henry. A familia tem 80 acres de terra, mas Arlette herdou mais 100 acres de seu pai. O que pareceria ser uma soma de terras, mostra-se um dilema familiar, já que Arlette, uma mulher que não gosta da vida de campo, quer vender tudo para a Companhia Farrington, enquanto ele, Wilf, quer ficar ali, cuidando de suas vacas com nomes de deusas menores e de sua plantação de milho.
Com isso Wilf faz a cabeça de seu filho Henry para que eles deem cabo a vida da mãe, para ficarem com as terras e serem felizes ali. Mas 1922, foi um ano que deu cabo não só a vida da Arlette, mas muitas outras coisas.
A morte da Arlette não é spoiler pois o Wilf nos deixa claro que ela foi assassinada logo nas primeiras linhas do conto. Mas como ela foi assassina e como a presença dela permanece ali na fazenda, isso sim é uma surpresa (ou não) para o leitor. Seria a loucura? Seria assombração?…
O primeiro conto do livro Escuridão Total sem Estrelas me deixou literalmente de queixo caído. Aqui vamos ver um conto em que retrata a ganancia do homem e até que ponto estamos (digo o ser humano) disposto a atuar para conseguir tudo o que se quer. E minha gente, embora eu tivesse entendido toda a situação do conto (se era loucura ou assombração) foi o final que me deixou de queixo caído. Se você gosta de contos que incomodam, esse é um prato cheio. Os ratos são o que há de mais incomodo aqui. A cena em que ele pisa em um deles… quase vomitei.
Ótimo conto. Sem dúvidas um dos meus preferidos.
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